terça-feira, 18 de agosto de 2009

Água doce

agora o agosto, frágil libelinha
amores de água doce
como as palavras cabisbaixas entrando no milheiral
o esquecimento do voo dos pombos bravos
outrora o agosto: um cacho de uvas roubado
a mãe no silêncio lavado da cozinha
repouso breve no declínio da tarde. a mãe
só a mãe nos aguardava com a tisana
de ternura fresca

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