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segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Bétula
Serás a humílima árvore.
A árvore a tinta
da china desenhada.
A árvore de papel.
Serás a bétula
abstracta e concisa.
A bétula do Nepal.
A que não existe
senão na linguagem.
Serás a que sonha os dias,
as noites, as lembranças.
A que protege
da ira inclemente.
A que protege
do sopro do tempo.
A da sombra feliz.
Luís Quintais
ANGST, edições Cotovia, 2002
Etiquetas:
Luís Quintais,
os poemas da minha vida
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