o meu pai faz hoje noventa anos
sonha ainda, sem o dizer a ninguém,
com madrugadas de caça: os cães
nos rastos frescos, o jogo da vida e da morte.
sonha com trutas velhas, como a que uma vez
pescou à amostra no açude das maias.
o tempo é um animal inquieto que nos aquieta.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
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