agora o verão
o milho pego na aldeia de mós
entre o cume da serra e o céu.
fome antiga em semente rara
e o delírio das águas
na levada tolhida pelo abandono
truncada por entulhos e silvedos.
agora o verão:lateja a memória
sob a ramada um nome levantado
do fundo do silêncio: o do homem
que matava porcos
vísceras caídas em grandes alguidares
agora o verão, a palavra fogo cercando os montes
a palavra fogo cheira a rama de eucalipto
o pai reaprende a marcha
dos homens,sede de vida por circunscrever
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