terça-feira, 25 de setembro de 2007

Ervas de cheiro

As flores das ervilhas de cheiro são de várias cores, observa o homem. Corta uma flor branca, outra vermelha, outra roxa: cheira-as uma a uma; depois junta-as. Diz, o homem diz, “cada cheiro tem a sua cor, as cores misturam-se, os cheiros: não”. Por Setembro, quando as pequeninas sementes parecem encetar a fuga da ressequida camisa de forças, virá o noitibó debicar a memória aromática. Ave curiosa, este noitibó, diz o homem: nem de luz carece para distinguir as cores.

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