Quiero saltar al agua para caer al cielo.
Pablo Neruda
Crepusculario
Editorial Losada, Buenos Aires, 1961
quinta-feira, 31 de maio de 2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Cimeira ibérica
os grandes plátanos
sereníssimos
na alfândega do porto
rodeados de autoridade
tantos polícias
e as árvores não voam
nem escondem armas brancas
no meio da sua verdura
sereníssimos
na alfândega do porto
rodeados de autoridade
tantos polícias
e as árvores não voam
nem escondem armas brancas
no meio da sua verdura
quarta-feira, 25 de abril de 2012
A barca da alegria
o que há de vir
será a coisa mais linda
prepara a barca da alegria
vais precisar dela.
será a coisa mais linda
prepara a barca da alegria
vais precisar dela.
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25 de abril,
Miguel Portas
terça-feira, 17 de abril de 2012
A PALAVRA É UMA BELA CEREJEIRA
povoa-se a palavra
de pequenina flor branca.
a palavra é uma bela cerejeira
se a escrevo no mês de abril.
vêm as chuvas
esborratam a brancura
se transmuta em cereja
a palavra que fica rubra
quando maio a mão a escreve.
de pequenina flor branca.
a palavra é uma bela cerejeira
se a escrevo no mês de abril.
vêm as chuvas
esborratam a brancura
se transmuta em cereja
a palavra que fica rubra
quando maio a mão a escreve.
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cerejas,
emílio biel,
maio
quarta-feira, 4 de abril de 2012
FRAQUEZA PEQUENO-BURGUESA
Custa-me
sentir-me por vezes
sozinho
entre camaradas
mas claro
que isso não é
proibido
É verdade
que também conheço
camaradas
que gostariam de proibi-lo
Entres esses
sinto-me
sozinho
Erich Fried
in 100 Poemas sem Pátria
sentir-me por vezes
sozinho
entre camaradas
mas claro
que isso não é
proibido
É verdade
que também conheço
camaradas
que gostariam de proibi-lo
Entres esses
sinto-me
sozinho
Erich Fried
in 100 Poemas sem Pátria
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a um dia do paraíso,
Erich Fried
segunda-feira, 26 de março de 2012
O devaneio da escrita
um bando de gralhas sobre
a escrita
imoral como gavião que cativa
indefeso perdigoto.
que procura o bando: o coração ferido
da palavra ou agasalho nos ramos frios do inverno?
digo, traz a caçadeira
e cartuchos de chumbo 8: este espéce de gralha
maior não é que tordo de papo ruivo.
retomo o rito antigo de caça
pela luz da alva
dissimulado na brancura do papel
a velha espingarda de canos parelelos aperrada
mas o descuido do cão pisa a tinta fresca
espanta a espécie no devaneio da escrita
na primavera audaz cheia de devir.
a escrita
imoral como gavião que cativa
indefeso perdigoto.
que procura o bando: o coração ferido
da palavra ou agasalho nos ramos frios do inverno?
digo, traz a caçadeira
e cartuchos de chumbo 8: este espéce de gralha
maior não é que tordo de papo ruivo.
retomo o rito antigo de caça
pela luz da alva
dissimulado na brancura do papel
a velha espingarda de canos parelelos aperrada
mas o descuido do cão pisa a tinta fresca
espanta a espécie no devaneio da escrita
na primavera audaz cheia de devir.
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caça furtiva,
primavera audaz cheia de devir
terça-feira, 20 de março de 2012
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