na escrita é que me engano
escrevo maio de memória
como quem procura comer a rubra
palavra cereja
maio na folhagem das tílias
do liceu sá de miranda
onde comigo me desavim
as raparigas bonitas que a minha timidez
não pôde amar. maio todo
quando o sangue novo atiça
tenros melros e seu tosco esvoaçar
contra a verdura
maio diz-me a memória da escrita
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sábado, 10 de maio de 2008
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