quando dizes lobo
retomo a grafia da terra
afectos caídos nas toalhas de linho
e os cães, sei os nomes
vejo-os a seguir o rasto
pai, olhe os cães
no frio da manhã os pombos bravos
e eu sonhava um dia ter também caçadeira
para provar o meu pai que os pombos voavam a distância de tiro
chumbo cinco, talvez, pólvora nobel
a ave caindo redonda com uma maçã
no chavascal, esquartejada
em breves segundos de rosnar e sangue
cão de coelho despreza caça de pena
tu sabes, a grafia da terra
traz sempre uma dor antiga
agora o verão, agora o verão quando dizes lobo
o verão e os devaneios do repouso, os cães dormem à sombra
nenhuma dor antiga os abala nenhuma
lembrança os alvoroça
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domingo, 12 de julho de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
Os caçadores de maio
os que vêm de maio limpam os instrumentos
da alegria. parecem caçadores que afagam os cães
pesam a pólvora em minúsculas balanças de dois pratos
rebordam cartuchos da casa barral. como se isso fosse
ritual de alquimia capaz de saltar por cima do tempo. os que vêm
de maio bebem chá de erva cidreira, esquecem o tumulto
de amores passados mudam de palavra como as árvores
mudam de folha. daqui a pouco voltam aos caminhos velhos
predadores de paisagens, predadores de passagem
tocados por uma inquietação antiga. e inexplicável.
da alegria. parecem caçadores que afagam os cães
pesam a pólvora em minúsculas balanças de dois pratos
rebordam cartuchos da casa barral. como se isso fosse
ritual de alquimia capaz de saltar por cima do tempo. os que vêm
de maio bebem chá de erva cidreira, esquecem o tumulto
de amores passados mudam de palavra como as árvores
mudam de folha. daqui a pouco voltam aos caminhos velhos
predadores de paisagens, predadores de passagem
tocados por uma inquietação antiga. e inexplicável.
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