quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Cântico e eucalipto



És o pequeno estame
sobre a morte     o  abismo
em luz coagulada
pesando em meu canto


Ah     como vens navegável
em meu peito (da ausência
ao claro rio) da alada presença
à haste vigilante

se amar-te é possuir-te
em aquedutos de alva

se banhar-te os seios
é nimbar-te em seiva
                      de eucalipto.


Aureliano Lima
Cântico e Eucalipto, Brasília Editora, 1979

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