sábado, 6 de dezembro de 2008

A manhã e a neve II

as raparigas a sorrir no meio das abróteas
tu não sabes
os montes floridos empurram-nos para a morte
tudo tudo está ali à tua frente: o desejo
a inexplicável singeleza das coisas, cheiros
suaves cheiros, o canto silente das pedras
um vulcão de vida mínima sob as pedras
tu não sabes
tu nunca te deitaste nas abróteas
a ler lentamente o céu, o rumor do mundo

Sem comentários: