L'oiseau qui chante dans ma tête
Et me répète que je t'aime
Et me répète que tu m'aimes
Lóiseau au fastidieux refrain
Je le tuerai demain matin.
Jacques Prévert
Histoires
terça-feira, 13 de setembro de 2011
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Vinho novo
volto na palavra quotidiana
como quem reparte o pão
como quem partilha
o vinho novo
pela palavra aqueço as mãos
em silêncio pela noite dentro.
como quem reparte o pão
como quem partilha
o vinho novo
pela palavra aqueço as mãos
em silêncio pela noite dentro.
sábado, 27 de agosto de 2011
Veação
a palavra. que estranha veação é a
minha. a palavra. porfio-a na folha das
árvores, remota insânia dos livros
sagrados. acto venatório sem
perdigueiro que adestre o silêncio,
vedado ao ímpeto cruel dos furões.
inerme, procuro a palavra
no rumor da brévia
minha. a palavra. porfio-a na folha das
árvores, remota insânia dos livros
sagrados. acto venatório sem
perdigueiro que adestre o silêncio,
vedado ao ímpeto cruel dos furões.
inerme, procuro a palavra
no rumor da brévia
domingo, 31 de julho de 2011
O vento nos ramos
agora o verão, leva as palavras
para a fronde – e não digas nada.
deixa o silêncio ganhar raiz e ser árvore
rumor e vento nos ramos.
o bosque que te sobressalta revisitado,
esquece as palavras: o pousio vivifica-as
ganham musgos, outros sentidos
seiva talvez e serão animais silvestres,
sem dono, instigados pelo cio. agora o verão,
tu sabes, deixa o silêncio a lavrar no húmus.
para a fronde – e não digas nada.
deixa o silêncio ganhar raiz e ser árvore
rumor e vento nos ramos.
o bosque que te sobressalta revisitado,
esquece as palavras: o pousio vivifica-as
ganham musgos, outros sentidos
seiva talvez e serão animais silvestres,
sem dono, instigados pelo cio. agora o verão,
tu sabes, deixa o silêncio a lavrar no húmus.
terça-feira, 28 de junho de 2011
Caminhos remotos
No corpo te procuro. é um rio, manhã de Maio onde repouso o gesto precário dos amantes. dessedento os lábios nos lábios. alongo palavras na geografia da tua pele, e escrevo lírio, cereja e outros vocábulos de ternura, silêncio e fruto. a voz do inexplicável corre sob os dedos, cavalos descendo por remotos caminhos à fronde mais escura. gesto precário dos amantes, alongo palavras indizíveis, lírio ou cereja, nesta viagem infinda porque sempre recomeça. e se digo que te amo o corpo ondula, de monte a monte se faz o caudal do rio.
domingo, 12 de junho de 2011
Ervas de cheiro
Se te procuro na cidade
com ervas do campo na mão
é que por vezes a felicidade
sai à rua na noite de S. João
in O LIVRO DO S. JOÃO
100 quadras de 100 autores
ed. AJHLP
com ervas do campo na mão
é que por vezes a felicidade
sai à rua na noite de S. João
in O LIVRO DO S. JOÃO
100 quadras de 100 autores
ed. AJHLP
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