O homem entra resoluto na noite, gesto em descostume, espanto juvenil de ver estrelas. Contar as estrelas, promessa antiga. “Desempenho impossível”, diz. E regressa a casa, impelido pelo conforto securitário. Desencantado. Antes de fechar a porta, um derradeiro olhar pelo céu limpo: “As estrelas são pequenos peixes, fugido cardume, no mar ao contrário”, diz o homem, a justificar o fracasso a si próprio.
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
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