Quem põe a maçã sobre a mesa
e assim cativa o derradeiro poema?
Por certo, mão maternal: trouxe a maçã
e a maçã: a luz do outono
que sabe a vinho novo, a marmelo maduro.
Quem põe sobre a mesa,
no quarto de hospital, uma maçã: a tua infância
passo estugado da rês no silêncio pastoril
o rumor do fio de água num pátio do sul?
Mão maternal, Eugénio
de subtis afectos: afaga a tua vida toda
conhece bem a matéria humilde da poesia.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
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