terça-feira, 11 de setembro de 2007
Memória artesanal
Por Setembro corre o aroma das maçãs. O caçador afaga o
vício dos cães. O escárnio das romãs acirra os frios do
Inverno. E eu, andarilho, num bosque de palavras remotas.
Por Setembro despovoam-se os milheirais, o mosto cabisbaixo
raptado pelas vespas. Da abóbora-menina um derradeiro
e escusado braço - dará flor, jamais fruto. Por Setembro amadurece
o marmelo e pássaro algum o cobiça: fruto humilde e ázimo
que a mulher transmuta em paciente doçura.
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