eu sou o outro
trago palavras das lonjuras
sabem a frutos silvestres
algumas perderam o sentido
ficaram cegas
como casas abandonadas
eu sou o outro
o que procura o burel antigo
gestos perdidos
na ténue luz da tarde
o fogo doce dos lábios a lavrar no linho
eu sou o outro
o que sempre perde
e volta ao princípio.
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