O povo grego não é um povo complacente
O fogo disparado sobre ele é-lhe vitória
Os mais pequenos entre eles são loucos
Por liberdade razão e sua força
Ao longo da grandeza humana têm mãos
Para oporem aos punhos pés contra as garras
À guerra opõem eles a mãe-justiça
E a necessidade os guia e os ensina
A Grécia é um país sem arroios para os ratos
Ali não tem a peste túmulos consagrados
Não faz medo viver não estende sombra a morte
Lutar pelo que é seu apaga o tempo-noite
Neste cume da terra no coração da luz
O povo todo unido abre uma porta imensa
Para a paz desarmada e é aí que sucumbem
Os bárbaros aí que secará seu sangue
Na aragem do mar flor da fraternidade.
Paul Éluard
poemas políticos, ed. Presença
trad. Carlos Grifo
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