Enquanto a noite não desperta os esquivos animais bravios,
uma pedra debruça-se na água, sacia a sede.
Gesto submisso: a pedra bebe cerimoniosa, como se fosse
a última vez. O seu destino será idêntico
ao dos outros seixos que a água afeiçoou,
agora mirrados pelo estio. A vida das pedras
é um mistério. Que língua falam além do silêncio?
Que segredos encobrem quando nos olham
como animais humildes?
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
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