quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Enquanto há força

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SONETO DO TRABALHO

Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos das dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.


Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas
 à força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas

Abre os olhos e vê. Sê vigilante
a reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.

Levanta-te meu povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando o povo acorda é sempre cedo.

José Carlos Ary dos Santos



ps: com a ajuda dos 'velhos' neo-realistas também daremos a volta à mega-encenação que a direita portuguesa (e europeia, farinha do mesmo saco) está a fazer nesta campanha.

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