os que vêm de maio limpam os instrumentos
da alegria. parecem caçadores que afagam os cães
pesam a pólvora em minúsculas balanças de dois pratos
rebordam cartuchos da casa barral. como se isso fosse
ritual de alquimia capaz de saltar por cima do tempo. os que vêm
de maio bebem chá de erva cidreira, esquecem o tumulto
de amores passados mudam de palavra como as árvores
mudam de folha. daqui a pouco voltam aos caminhos velhos
predadores de paisagens, predadores de passagem
tocados por uma inquietação antiga. e inexplicável.
terça-feira, 21 de abril de 2009
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