segunda-feira, 10 de março de 2008

[carta de minha mãe]


com as trovoadas de Maio comeremos peixes do rio
abandona a arte da subtileza e traz assobios para os cães.
os marmeleiros já têm melros e outros frutos
as mãos, que as tuas mãos regressem de monte a monte.

Rui Duarte Mangas
(“as raparigas trazem braçadas
de lírios como se fossem estrelas mortas”,
hidra editores)

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