domingo, 31 de julho de 2011

O vento nos ramos

agora o verão, leva as palavras
para a fronde – e não digas nada.
deixa o silêncio ganhar raiz e ser árvore
rumor e vento nos ramos.
o bosque que te sobressalta revisitado,
esquece as palavras: o pousio vivifica-as
ganham musgos, outros sentidos
seiva talvez e serão animais silvestres,
sem dono, instigados pelo cio. agora o verão,
tu sabes, deixa o silêncio a lavrar no húmus.